SUSANA FERRER
( ARGENTINA )
Nasceu em Argentina em 15/02/1964.
Reside em Los Cardales, Província de Buenos Aires.
Tem contos e poesias publicadas em antologias publicados em antologias argentinas, participa do Taller literário Los Cardales.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
BENDITO SEA TU CUERPO. Resumen del 1er Concurso Mundial de Poesia Erótica – Perú, 2007. Compilador: José Guillermo Vargas. Lima, Peru: Adicione Ventana Andina, 2008. 358 p. 15 x 21 cm. No. 10 735
Ex. biblioteca de Antonio Miranda
DE AMANTES I
Los amantes se fugan de sus cuerpos,
se creen perpetuos,
y el vértigo los quema los huesos.
Se transfunden de miradas
y el celo grita y calla.
Se inhalan por los huecos
y se sellan con lacre las heridas.
Se mueren en la niebla
y renacen en los pozos y en los senos.
No existe el lastre
Que les permita
Tocar el borde de la tierra.
DE AMANTES IV
Un azar de pájaros huecos
y un vértigo de celos como piedras.
Mil galeones de sangre por las venas
que reman acompasados y salvajes
Y la lucha perpetua
de un revuelo
de plumas
y de lastres.
DE AMANTES VII
En las fauces del cuerpo
ella tiene surcos de luz,
terrenos en tregua,
monedas como lunas crecientes,
huecos como hilos,
pieles anteriores,
cuencas oceánicas
y muelles donde atraca la sed
una curva bordada con tres nombres
y un enredo de brazos y de muslos.
Ella tiene un ceder deshilachado
a la euforia,
la nostalgia
y las amarras.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
DE AMANTES I
Os amantes fogem dos seus corpos,
creem que são perpétuos,
e o vertigem queima os seus ossos.
Se transfundem de miradas
e o zelo grita e cala.
Se inalam pelas lacunas
e se selam com o lacre das feridas.
Morrem na névoa
e renascem nos poços e nos seios.
Não existe o lastro
Que lhes permita
Tocar a borda da terra.
DE AMANTES IV
Um azar de pássaros ocos
e uma vertigem de ciúmes como pedras.
Mil galões de sangue pelas veias
que remam rítmicos e selvagens
E a luta perpétua
de um mexer
de plumas
e de lastres.
DE AMANTES VII
Nas torneiras do cuerpo
ela tem ranhuras de luz,
terrenos em trégua,
moedas como luas crescentes,
lacunas como fios,
peles anteriores,
bacias oceânicas
e cais onde atraca a sede
uma curva bordada com três nomes
e um enredo de braços e de músculos.
Ela tem um ceder desfiado
à euforia,
à nostalgia
e às amarras.
*
VEJA e LEIA outros poetas da ARGENTINA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/argentina/argentina
Página publicada em fevereiro de 2024
|